domingo, 13 de dezembro de 2009

Fanfic - Crepúsculo - Uma nova vida - Capítulo 2

Gente....que emoção! Aqui está o segundo capítulo da nossa fanfic. Desculpem a demora para postar... O blog não está abandonado! É só falta de tempo mesmo...
Sejam bem vindos novos seguidores e muito obrigada pelas mensagens de carinho. Espero que todos gostem. Não esqueçam de comentar, heim??

Super beijo vampiro à todos vocês!!!


Crepúsculo - Uma nova vida - Capítulo 2

Levantei bem cedo no sábado. Atolei-me até os cotovelos de desinfetante até a hora do almoço, limpando a casa. Comi qualquer coisa rápida e corri para o banho. Fiz escova, as unhas e todo o resto. Não era algo comum para mim, então não fui tão rápida quanto desejava. Quando terminei já estava na hora de jantar e acabei pedindo uma pizza. Depois de fazer tudo aquilo estava exausta e não conseguiria cozinhar algo decente.



O tempo todo não conseguia deixar de pensar em tudo que poderia acontecer naquela noite. O pressentimento que tive a semana toda ainda persistia. E eu precisava daquilo. Precisava de um renovo em minha vida, então me agarrei àquela esperança etérea como alguém se agarra ao seu último fio de vida. Aquilo ia dar certo. Tinha que dar certo.


Ângela e Ben vieram me buscar às sete e eu entrei no carro rápido porque, como sempre, estava chovendo. E o vi. Alex Stanford era lindo, inteligente e aparentemente muito bem de vida. Me perguntei o que um cara como aquele fazia num lugar como Forks. Ele me contou sobre sua vida, seus pais, seus sonhos, sobre o curso de advocacia que cursava. Eu olhava e tudo que sentia era uma enorme e sufocante decepção. Então, era isso? Estava errada sobre meu pressentimento, minhas esperanças?


Alex era muito interessante, só não era interessante para mim. Eu senti como se nunca fosse me encaixar ou como se nunca alguém pudesse se encaixar em mim. Eu sempre fora estranhamente diferente, meu espírito parecia não pertencer a este mundo e eu lutava contra isso.


O filme foi romântico e não me ajudou em nada. Eu não estava interessada, mas Alex ao contrário parecia bastante interessado. Eu não sabia como me livrar dele. Na saída ele tentou engajar uma conversa, mas eu não estava ali. Pensava em como queria que tudo fosse diferente, em como tinha perdido meu último fio de vida. Então disse que não estava passando bem e saí para dar uma volta. Não conhecia muito bem aquela parte de Port Angeles, mas não me preocupei. Só queria sair dali, fugir.


Já estava andando há uns vinte minutos quando meu celular tocou. Era Ângela. Eu não queria atender mas sabia que ela devia estar preocupada então não tive escolha.


-Oi, Ângela.


-Bella!!! Onde você está, menina? Estamos te esperando há vinte minutos e estamos preocupados!


-Eu estou... bem, eu não sei onde estou. Mas não deve ser difícil achar o caminho de volta. Me esperem que em meia hora no máximo estou de volta – não estava realmente preocupada em voltar, mas não queria prejudicar Ângela e Ben. Eles só queriam o meu bem.


-Não! Você enlouqueceu? Vamos buscar você.


-Mesmo? E como pretendem fazer isso sem saber onde estou?


-Não tinha pensado nisso...


Suspirei. Ângela era mesmo ingênua demais para ser verdade.


-Não se preocupe, se acontecer alguma coisa te ligo, ok?


Voltei e olhei a rua ao meu redor. Era totalmente estranha em todos os sentidos. Não tinha a menor ideia de onde estava nem como sairia dali. Pensei em parar em algum lugar e pedir informação, mas ali só havia bares obscuros e potenciais psicopatas. Respirei fundo e tentei manter a calma. Precisava me lembrar de onde tinha vindo. Mas como me lembraria, se quando estava andando só pensava em minha situação e não prestava atenção onde estava?


Continuei caminhando pela rua estranha e vi uma esquina à frente que me parecia familiar. Virei e aquela rua era ainda mais escura que a anterior. Estava morta de medo mas tentava não transparecer. Era para os cachorros ou para os psicopatas que não se devia demonstrar medo? Não me lembrava. Pensei em ligar para Ângela e me dei conta que isso só a deixaria mais apavorada e desisti da idéia.


Estava chegando quase ao final da rua quando percebi aterrorizada que não havia saída. Então voltei e andei o mais depressa que podia.


-Ei, princesa! Onde vai com tanta pressa? – um homem imenso, mal vestido, e com certeza mal intencionado, saiu de trás de uma lixeira. Era óbvio que percebera que eu não conhecia o lugar e pretendia se aproveitar disso. Congelei. O que faria agora?


-Fique longe de mim! – foi tudo que consegui falar com a voz trêmula.


Ele se aproximou de mim com um sorriso assustador e eu peguei o celular na bolsa. Era uma idéia idiota, mas o que mais poderia fazer naquela hora? Pensei em gritar, mas que proveito aquilo teria em lugar como aquele, além de atrair mais alguns psicopatas? Antes que conseguisse ligar pra Ângela ou para a polícia, ele tomou o celular e a bolsa e atirou longe. Tampou minha boca e me levou para um canto atrás da lixeira. Lágrimas escorreram. Eu sabia o que estava por vir.


Então ouvi um rosnado bestial. Não era um cachorro eu tinha certeza. Parecia mais como um leão prestes a capturar sua presa, só que com mais ódio. Era algo sobrenatural.


“Que ótimo!” pensei. “O que é melhor? Ser atacada por um psicopata ou ser devorada por uma besta-fera?”. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo o homem imenso que estava em cima de mim foi arrancado e atirado ao fim da rua como se pesasse apenas alguns quilos, batendo contra uma parede e ficando inconsciente. Olhei e vi um rapaz de minha idade agachado à minha frente. Me encolhi.


-Você está bem? – ele perguntou com uma voz doce e hipnótica que não combinava em nada com o monstro que ouvira há alguns instantes.


-E-estou. P-por favor, não me ma-machuque.


-Não vou te machucar. Entre no carro – era firme no que falava.


-Não! – eu acabava de me livrar de um psicopata e outro queria me seqüestrar?


-Não seja teimosa. Quer morrer? Você precisa sair daqui agora – ele parecia se conter sobre algo, apesar da aparente calma.


-Está maluco? Eu nem te conheço! – minha voz estava histérica e não combinava em nada com aquela voz angelical.


-Você também não conhecia aquele cara ali – indicou com a cabeça o homem caído no final da rua – e acredito que não quer conhecer. Bem, há muitos outros como ele por aqui. Ainda quer ficar?


Ponderei seus argumentos e tive que admitir que ele tinha razão. Afinal, aquele homem que me salvara e que possuía uma voz como aquela não podia ser mal. Podia?


Peguei minhas coisas, me levantei com a ajuda dele (eu parecia estranhamente leve nos seus braços) e fui para o carro que ele me guiou.


-Ponha o cinto – parecia falar sério e obedeci prontamente.


Mesmo que ele não tivesse me mandado por o cinto eu o teria feito. Ele corria como um louco e me perguntava como ele conseguia manter o carro tão estável àquela velocidade.


Meu celular tocou e eu sabia que era Ângela sem olhar.


-Bella! Pelo amor de Deus onde você está? Já faz uma hora que estamos esperando! – ela estava histérica. Mais do que eu alguns minutos atrás.


-Estou bem. Me perdi e peguei uma carona. Já estou chegando.


-Você está louca?? Perdeu o juízo? Pegar carona com um estranho? Bella, ele pode ser um psicopata!!!


Fiquei séria mas percebi pelo canto dos olhos que o meu salvador sorria. Ele obviamente achou engraçado eu não mencionar que havia acabado de escapar de um psicopata, quando Ângela argumentava que ele poderia ser um. Abaixei o volume do celular e continuei.


-Acredite, Ângela. Ele não é. Já estou indo, ok?


Ouvi ela bufar.


-Você disse isso há uma hora atrás... – era raro ouvir Ângela brava com alguma coisa. Ela era sempre muito equilibrada.


-Fique tranqüila. Já estou vendo o Mc Donald’s... – me despedi e pela primeira vez me virei para ver o rosto do meu salvador misterioso.


Era... lindo. Não lindo como Alex ou um ator de cinema. Era glorioso... divino. Eu não encontrava palavras. De repente fiquei tímida e não sabia o que fazer. Foi ai que me dei conta que ainda nem tinha agradecido por aquele ato heróico.


-Obrigada – disse baixo e com fervor.


-Não precisa agradecer – ele parecia muito concentrado em alguma coisa.


-Você salvou minha vida...


Ele continuou em silêncio e prossegui.


-A propósito, sou Bella. Bella Swan.


Ele me olhou de lado e pareceu estar decidindo se deveria ou não dizer quem é.


-Sou Edward Cullen.


-Edward – disse baixo – obrigada.


Toquei sua mão que estava ao volante e me sobressaltei. Ele era frio. Não frio como ficamos quando neva. Morbidamente frio.


Ele se encolheu no banco e percebi quanto medo ele sentia. “Medo de quê?” pensei. Comecei a juntar os pedaços: o rosnado, a força, a pele fria. Congelei. Quem era aquele homem? Ou melhor, o que era ele??

sábado, 5 de dezembro de 2009

Fanfic - NOVIDADE!!!

Olá, queridos....estava com saudade. Desculpem a demora para postar. Fim de ano é corrido....mas vcs sabem disso neh?
Bom, o que posso dizer é que a espera valeu a pena. Trouxe para vocês a mais nova fanfic do nosso blog!!!
É só o primeiro capítulo que vou postar aqui, o título pode passar por mudanças. Espero que gostem e pleaseeee COMENTEM ok??
Seus comentários é que trarão os próximos capítulos. Enjoy it!!!
Bjinhussss

Crepúsculo - Uma nova vida




Cheguei em casa, joguei as chaves em cima da mesa e me atirei no sofá. Que dia! Estava exausta e ainda tinha muito a fazer. Essa era a parte ruim de morar sozinha: era sempre minha vez de lavar a louça, limpar a casa, fazer o jantar. E naquele momento tudo que eu queria era um banho e jantar assistindo à minha série favorita. Infelizmente tinha trazido trabalho para casa e não descansaria tão cedo. Passaria a madrugada em meu projeto.



A vida em Forks não tinha exatamente a adrenalina de uma cidade grande. Na verdade, era quase mórbida. Chove demais e qualquer garota que dependa de escova e maquiagem não sobreviveria mais de uma semana aqui. A vantagem era que eu felizmente não era esse tipo de garota. Eu me contentava em apenas lavar e deixar meus cabelos castanhos avermelhados soltos em ondas até a cintura. Às vezes um rabo de cavalo na pressa e só. Com 18 anos, no primeiro ano da faculdade, morando sozinha e com um trabalho de cão, não sobrava muito tempo para mim.


Meu trabalho era outra coisa que me sugava. Eu trabalhava como auxiliar de escritório no único escritório de advocacia da cidade. Não era o trabalho mais emocionante para se ter em Forks, mas certamente era o mais estável e uns dos poucos que haviam restado quando me mudei de Seattle. Eu podia me considerar sortuda, apesar do imenso volume de trabalho comparado ao pequeno salário. Dava para viver.


Eu cursava Administração num curso a distancia recém aberto em Forks. Uma reivindicação do povoado de La Push, onde toda a cidade e parte da região saíram ganhando. Tinha praticamente a excelência de um curso tradicional, e o diploma era reconhecido. Era o que me bastava. Eu já havia tido minha cota de ambições frustradas por toda uma vida. Frustrações financeiras, familiares e amorosas, principalmente.


Eu só tinha tido uma namorado que, no começo, como todos, apresentou-se como meu príncipe encantado e salvador. Mais tarde, quando a paixão e o fogo da novidade já não existiam , mostrou-se frio e machista. Terminou o namoro após onze meses, dos quais os últimos seis eu havia passado chorando. O término do namoro e do colegial me deram ânimo para começar do zero em um lugar diferente.


Quando minha família me questionou sobre a escolha de Forks, apenas disse que era frio e distante o bastante para me fazer esquecer de tudo. É claro que sentia uma saudade imensa de minha família e antigos amigos, mas estava melhor onde estava e sabia que, apesar de parecer, aquilo não era para sempre. Um dia, eu sairia de Forks.






O telefone tocou me tirando de um cochilo não planejado.


- Alô?- atendi com a voz ainda grogue.


- Bella? Você estava dormindo? Oh... me desculpe! Eu ligo mais tarde...


- Não, pode falar, Ângela – Ângela era minha melhor amiga. A única que havia me recebido sem questionamentos, assim que cheguei à faculdade.


- Ah, não é nada...- eu conhecia aquele tom – É só que Ben e eu combinamos de ir ao cinema em Port Angeles neste fim de semana, e ele vai levar uma amigo...


“De novo não!” pensei.


- ... e nós não queríamos que ele ficasse sobrando. Então pensamos que você talvez pudesse lhe fazer companhia. – Senti uma pontada de súplica no final da frase.


- Nem pensar Ângela! Você se lembra no que deu sua última tentativa em bancar o cupido. Não quero ser forçada a fingir outra dor de barriga. Arranje outra candidata à canonização que se disponha à isso.


A raiva e a voz grogue não deram um tom muito bonito à minha voz, e me arrependi imediatamente de minhas palavras quando senti a decepção na voz de Ângela.


- Sinto muito, Bella... Eu só acho que uma moça bonita e inteligente como você deva se dar uma chance, uma vez ou outra. Você não vai assumir nenhum compromisso. É só um cinema, pelo amor de Deus!


Eu não sei como ela fazia aquilo, mas sempre me convencia de um jeito ou outro. Não era à toa que Ângela era a melhor vendedora da loja de artigos esportivos da cidade. Talvez a melhor da cidade.


- Ângela...


- Por favor, Bellinha... Por mim?


- Eu tenho trabalho do escritório e da faculdade para fazer – era minha última tentativa de escapar.


- Eu te ajudo... Não! Eu faço com você o trabalho do escritório e da faculdade.


Eu não podia negar uma ajuda com aquele volume de trabalho, então tive que me dobrar ante os argumentos de uma insistente Ângela.


- Ok... – ouvi seu grito contido de satisfação - Mas com uma condição.


- O que você quiser...


- Se eu não gostar de qualquer coisa, vou embora imediatamente. E vou com meu carro.


- São duas condições...


- Isso ou nada – eu estava perdendo de qualquer forma.


Combinamos de nos encontrar no sábado. Como ainda era quarta, eu teria dois dias para deixar as coisas mais ou menos em ordem.


O dia seguinte passou com estranha rapidez, e eu me vi ansiosa pela noite de sábado. Não entendia o motivo, mas gostava da sensação. Organizei o escritório cantarolando e ignorei os olhares de estranhamento do Sr. Bakers, um advogado de 54 anos carrancudo, que não tinha me visto sorrir mais de meia dúzia de vezes no ano em que havia trabalhado lá. Não me dei ao trabalho de explicar-me. Não lhe devia satisfações sobre minha vida pessoal, quando nem eu mesma sabia o que estava acontecendo. Tudo o que tinha era uma certeza. Uma estranha certeza absoluta de que algo novo estava para chegar em minha vida. Algo novo, único e sobrenatural.